Zé Ramalho – Negro amor


Letra original / traducida

Negro amor

Vá, se mande, junte tudo
Que puder levar
Ande, tudo que parece seu
É bom que agarre já

Seu filho feio e louco ficou só
Chorando, feito fogo, à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada, negro amor

A estrada é pra você
E o jogo é a indecência
Junte tudo que você conseguiu
Por coincidência

E o pintor de rua, que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés, o céu também rachou
E não tem mais nada, negro amor

Seus marinheiros mareados
Abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados
Não vão mais lutar

Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete, sem você, voou
E não tem mais nada, negro amor

As pedras do caminho
Deixe pra trás
Esqueça os mortos, eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida
Outra luz, outra cor
E não tem mais nada, negro amor
E não tem mais nada, negro amor
Negro amor


Negro amor

Vamos, vete, junta todo
Lo que puedas llevar
Venga, todo lo que parezca tuyo
Será mejor que lo cojas ya

Tu hijo feo y loco se quedó solo
Llorando, como el fuego, a la luz del sol
Los alquimistas ya están en la sala
Y no hay nada más, negro amor

El camino es para ti
Y el juego es la indecencia
Junta todo lo que has conseguido
por casualidad

Y el pintor de la calle, que anda solo
Dibuja la locura en su lienzo
Bajo sus pies, el cielo también se agrietó
Y no hay nada más, negro amor

Sus marineros en el mar
Abandonan el mar
Sus guerreros desarmados
Ya no van a luchar más

Tu novio ya ha salido
Llevando las mantas, ¿y ahora qué?
Hasta la alfombra, sin ti, voló
Y no hay nada más, negro amor

Las piedras en el camino
Deje atrás
Olvida a los muertos, ellos no se levantan más.
El vagabundo anda por la calle
vistiendo la misma ropa que era tuya
Encender otra cerilla, otra vida
Otra luz, otro color
Y no hay nada más, negro amor
Y no hay nada más, negro amor
Negro amor